A recente greve dos trabalhadores portuários da ILA (International Longshoremen’s Association), que terminou em 3 de outubro, trouxe uma série de desdobramentos significativos para a logística marítima nos Estados Unidos e desafios na Importação e Exportação. O sindicato aceitou um aumento salarial de 62% nos próximos seis anos e concordou em estender o contrato expirado até 15 de janeiro, quando se espera resolver os pontos de discórdia, incluindo questões sobre automação.
Retomada das Operações Portuárias: Impactos na Importação e Exportação
Com o fim da greve, os portos reabriram suas operações, mas o impacto da paralisação de três dias foi profundo. Estima-se que cerca de 50 navios estão à espera em portos da Costa Leste e do Golfo, gerando um acúmulo significativo de contêineres, tanto para exportação quanto para importação. Especialistas do setor preveem que esse congestionamento pode levar de duas a três semanas para ser totalmente resolvido, embora autoridades da Autoridade Portuária de Nova York comparem a situação ao fechamento durante tempestades de inverno, acreditando que a normalização das operações pode ocorrer em poucos dias.
Tarifas de Frete e Sobretaxas
Antes da greve, as tarifas de frete marítimo já estavam em um declínio acentuado, com valores mais de 30% abaixo das máximas de julho. As transportadoras, em antecipação à greve, anunciaram sobretaxas que variam entre US$ 1.000 e US$ 4.500 por FEU (Twenty-foot Equivalent Unit). Contudo, como muitas dessas taxas entrariam em vigor apenas em meados de outubro, elas ainda não afetaram as tarifas spot. Com a conclusão da greve e a diminuição da demanda sazonal, espera-se que as tarifas continuem a cair, embora o congestionamento gerado pela paralisação possa desacelerar essa tendência.
Mudanças no Transporte Aéreo: Efeitos na Importação e Exportação
Além dos impactos no transporte marítimo, a greve pode ter causado uma migração de cargas do transporte marítimo para o aéreo. Os dados do Freightos Air Index mostram um aumento de 4% nas tarifas de carga aérea entre a Europa e a América do Norte desde o início de setembro, sugerindo que alguns importadores estão utilizando o transporte aéreo para agilizar o fornecimento de estoques essenciais até que as operações marítimas se estabilizem.
Particularmente nas rotas transpacíficas, as taxas diárias entre a China e a América do Norte aumentaram de US$ 5,91/kg para US$ 7,07/kg durante a greve. Essa alta reflete não apenas o congestionamento atual, mas também a pressão contínua nas tarifas devido ao aumento dos volumes de comércio eletrônico, afetando tanto a importação quanto a exportação.
Conclusão e Oportunidades
A greve dos trabalhadores portuários trouxe à tona a vulnerabilidade do sistema logístico, mas também oportunidades para empresas que desejam otimizar suas operações de importação e exportação. É crucial que as empresas de logística se preparem para esses desafios, buscando soluções eficazes para minimizar impactos.
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